Os postulados (neo) clássicos do emprego e a determinação dos salários em Keynes

v. 11 n. 4 (1991)

Oct-Dec / 1991
Publicado em outubro 1, 1991
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Como Citar

Miranda, Luiz. 1991. “Os Postulados (neo) clássicos Do Emprego E a determinação Dos salários Em Keynes”. Brazilian Journal of Political Economy 11 (4):524-44. https://doi.org/10.1590/0101-31571991-0908.

Os postulados (neo) clássicos do emprego e a determinação dos salários em Keynes

Luiz Miranda
Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, Porto Alegre/RS, Brasil.
Brazilian Journal of Political Economy, v. 11 n. 4 (1991), Oct-Dec / 1991, Pages 524-544

Resumo

Este artigo trata da contribuição de Keynes na recuperação dos níveis de crescimento
da renda e do emprego. Ao contrário da abordagem (neo)clássica, Keynes argumenta
que o desemprego e a queda dos salários nominais não são necessários para a recuperação
econômica. Mesmo com salários nominais fixos e custos primários crescentes, o crescimento
econômico a curto prazo, via expansão efetiva da demanda, permite às empresas maximizar
seus lucros através da redução do salário real causado pelo aumento do nível geral de
preços. Na visão de Keynes, a incompatibilidade entre a manutenção do nível dos salários
reais e a recuperação econômica de curto prazo decorre de sua reformulação crítica do
princípio de retornos decrescentes, conforme declarado pela teoria (neo)clássica dos custos
de produção e preços de fornecimento. No entanto, ainda na perspectiva keynesiana, essa
incompatibilidade, se tomada como certa, não é uma solicitação teórica para a análise do
crescimento econômico a longo prazo.

Classificação JEL: B22; B31.


Palavras-chave: História do pensamento econômico Keynes