O ritmo na queda da desigualdade no Brasil é aceitavel?

v. 30 n. 3 (2010)

Jul-Set / 2010
Publicado em julho 1, 2010
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Como Citar

Soares, Sergei Suarez Dillon. 2010. “O Ritmo Na Queda Da Desigualdade No Brasil é Aceitavel?”. Brazilian Journal of Political Economy 30 (3):364?380. https://centrodeeconomiapolitica.org/repojs/index.php/journal/article/view/448.

O ritmo na queda da desigualdade no Brasil é aceitavel?

Sergei Suarez Dillon Soares
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA
Brazilian Journal of Political Economy, v. 30 n. 3 (2010), Jul-Set / 2010, Pages 364?380

Resumo

Evidências do contexto histórico e internacional. O estudo a seguir utiliza duas abordagens para responder à questão de saber se a desigualdade no Brasil está caindo com rapidez suficiente. O primeiro é comparar a variação do coeficiente de Gini no Brasil com o observado em vários países que hoje pertencem ao OCDE (Reino Unido, Estados Unidos, Holanda, Suécia, França, Noruega e Espanha) enquanto esses mesmos países construíram suas sistemas de bem-estar social durante o século passado. A segunda abordagem é calcular quanto o Brasil deve manter a queda do coeficiente de Gini para atingir os mesmos níveis de desigualdade de três países da OCDE que podem ser usados ??como referência: México, Estados Unidos e Canadá. Os dados indicam que o coeficiente de Gini no Brasil está caindo 0,7 ponto por ano e que isso é superior ao ritmo de todos os países da OCDE analisados ??enquanto construíram seus sistemas de assistência social, exceto a Espanha, cuja Gini caiu 0,9 ponto por ano na década de 1950. O tempo necessário para atingir vários parâmetros de referência em desigualdade são: 6 anos para o México, 12 para os Estados Unidos e 24 para os níveis de desigualdade no Canadá. A conclusão geral é que a velocidade com a qual a desigualdade está caindo é adequada, mas o desafio será manter a desigualdade caindo na mesma proporção por mais duas ou três décadas.

Classificação JEL: D31.


Palavras-chave: desigualdade distribuição de renda comparações internacionais