Os estados de reformas defasadas e a questão da desvalorização: a reação da Venezuela aos choques exógenos de 1997-98

v. 21 n. 3 (2001)

Jul-Sep / 2001
Publicado em julho 1, 2001
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Como Citar

Corrales, Javier. 2001. “Os Estados De Reformas Defasadas E a questão Da desvalorização: A reação Da Venezuela Aos Choques exógenos De 1997-98”. Brazilian Journal of Political Economy 21 (3):565-97. https://doi.org/10.1590/0101-31572001-1270.

Os estados de reformas defasadas e a questão da desvalorização: a reação da Venezuela aos choques exógenos de 1997-98

Javier Corrales
Professor-Assistente de Ciência Política do Amherst College, Amherst/MA, U.S.A.
Brazilian Journal of Political Economy, v. 21 n. 3 (2001), Jul-Sep / 2001, Pages 565-597

Resumo

Tendo acabado de completar sua segunda “década perdida” consecutiva, o caso venezuelano confirma que não há atalhos para uma boa gestão política econômica na era de alta mobilidade de capital e fluxos de capital securitizados. A manutenção de uma estratégia cambial atrapalhada triunfou, pelo menos por enquanto, e permitiu que uma coalizão de elite no nível executivo prevalecesse na busca de uma política macroeconômica menos do que ideal. O autor argumenta que a Venezuela evitou uma desvalorização total, do estilo mexicano ou brasileiro, em virtude da capacidade do Banco Central de gerenciar efetivamente a taxa de câmbio. No entanto, esse foi o único bolso da modernização, pois os formuladores de políticas de todo o resto da burocracia do estado rejeitaram os tipos de reformas de mercado que serão necessárias para reverter o desempenho altamente medíocre do país. Embora os altos preços do petróleo desde 1999 tenham proporcionado aos políticos e formuladores de políticas o “luxo” de ser um retardatário da reforma, os líderes venezuelanos parecem determinados a aprender da maneira mais difícil que as tendências internacionais podem voltar a balançar contra eles a qualquer momento.

Classificação JEL: F31; F32; E31.


Palavras-chave: Inflação taxa de câmbio crise cambial economia política reformas