Uma crítica pós-keynesiana clássica à produtividade multifatorial ajustada ao meio ambiente
Resumo
O objetivo do artigo é analisar criticamente a Produtividade Multifatorial Ajustada
ao Meio Ambiente (PMAMA), considerando o aspecto ambiental clássico-pós-keynesiano,
integrado à Economia Ambiental Evolucionária. O artigo apresenta a PMAMA
enraizada na economia neoclássica e derivada da função Cobb-Douglas com recursos naturais
construída por Solow (1974). Apresento críticas teóricas aos pressupostos neoclássicos
da PMAMA desenvolvendo perspetivas da literatura heterodoxa da Macroeconomia Ecológica.
Por fim, discuto as deficiências da estrutura conceitual da PMAMA fazendo referência
específica ao debate político sobre a Hipótese de Porter. O artigo evidencia como as premissas
de retornos constantes de escala, concorrência perfeita e substitutibilidade perfeita
de insumos alteram seriamente o significado e a promessa da política de sustentabilidade.
A análise indica que a PMAMA é um instrumento pobre para estudar questões complexas
sobre a promoção e eficácia das inovações verdes e, portanto, deve ser abandonado para
enfrentar os grandes desafios do processo de transformação ecológica.
PALAVRAS-CHAVE: Economia clássico-pós-keynesiana; produtividade multifatorial ajustada
ao meio ambiente; ecoinovação.
Classificação JEL: B12; Q55; O13.
Palavras-chave: Economia clássico-pós-keynesiana produtividade multifatorial ajustada ao meio ambiente ecoinovação