Uma análise estruturalista da inflação e da estabilização
Resumo
Este artigo desenvolve um modelo em que o conflito distributivo entre capital e
trabalho é a força motriz que gera pressões inflacionárias em uma economia de mercado. No
modelo, a taxa de inflação é uma função da capacidade das empresas de repassar aumentos
de custos a preços e do poder relativo das associações de trabalhadores e empregados no
processo de negociação coletiva. Um dos principais resultados dessa estrutura analítica é que
a estrutura das relações capital/trabalho em um país, o processo de negociação coletiva e a
estrutura das organizações sindicais são importantes determinantes das pressões inflacionárias.
Como resultado, as reformas institucionais que promovem a cooperação nas relações
capital/trabalho são de grande importância nas políticas de estabilização, para que os custos
sociais da estabilização sejam minimizados. A seção resume os principais pontos do artigo.
Classificação JEL: E31; J52.
Palavras-chave: Inflação estabilização conflito distributivo